quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Capítulo XI – Recomeço.

Cheguei em casa, e fui logo tomar um banho e me trocar pra almoçar e ir ao encontro de Júlia. Sai da minha casa e liguei pra Júlia avisando que eu estava a caminho, que demoraria mais ou menos 20 minutos pra chegar ao parque da cidade, que era o lugar que tínhamos combinado de ir. Quando cheguei ao parque vi que Júlia ainda não havia chegado e então resolvi ligar pra Fernanda.
- Alô. Oi meu amor. Tudo bem?
- Oi Pê. Tudo sim e contigo?
Respondeu educadamente.
- Tudo também. O que está fazendo aí?
- Ah eu to aqui em casa esperando o Rafael ligar por que acho que vamos sair. E você ta fazendo o quê?
Eu expliquei pra Fernanda que estava no parque da cidade esperando a Júlia. Ela ficou bem surpresa e queria saber o que eu tava fazendo lá, pois eu tinha falado que nem queria mais saber de Júlia. Eu disse à ela que Júlia implorou pra me encontrou e eu não tinha conseguido dizer não. Disse a Fernanda que tinha que desligar o celular, pois vi Júlia chegando de carro.
Quando vi Júlia veio correndo ao meu encontro e me deu um abraço bem forte e disse:
- Pedro, como eu tava com saudades de sentir você em mim, como eu sentia falta do seu cheiro.
Naquela hora fiquei sem ter o que dizer a Júlia, pois não esperava que ela fosse ficar feliz assim. Achava que ela não estava nem aí pra mim, pois é eu estava errado, Júlia sentia minha falta e mais do que eu mesmo podia imaginar. Depois daquele abraço ficamos ali conversando um bom tempo e quando vimos era 19 hrs e ela tinha que ir embora, ainda tinha que passar no médico pra pegar a vó dela. Fui embora radiante, pois me surpreendi com aquele encontro. Júlia tinha me feito o cara mais feliz do mundo, tava me sentindo realizado. Mais por um lado parei e pensei que não poderia criar muitas ilusões, afinal eu não sabia o que ia acontecer depois daquele encontro. Cheguei em casa todo feliz logo meu pai me perguntou:
- Como foi lá filho?
- Ah pai foi bom, conversei bastante com ela, deu pra perceber que ela me ama mais ainda não está pronta pra assumir um compromisso sério comigo.
Respondi sorrindo.
Expliquei tudo o que tinha acontecido naquele encontro, e fui logo tomar um banho e jantar, pois tava ficando tarde demais e no dia seguinte teria que acordar cedo. Tomei meu banho e logo fui deitar, fiquei ouvindo um pouco de música no meu celular e acabei dormindo sem pausar a música e colocar meu celular pra despertar. Acordei era 5h55 e percebi que estava todo enrolado no fone de ouvido, como era minha rotinha, fui ao banheiro, escovei meus dentes e fui tomar meu copo de toddy, já eram 7h20 eu entrava às 8 hrs na escola, mais eu queria muito entrar no meu Orkut e ver se lá tinha algum recado de Júlia. Liguei bem rápido e não tinha nada mais vi que Júlia tava online. Saí correndo dali e fui lá ao meu quarto me trocar e arrumar minhas coisas peguei meu celular minha mochila e fui pro carro do meu pai e fui pra escola.

Capitulo X - A morte.

Os dias se passaram e eu não falei mais com a Júlia evitei qualquer tipo de contato pois ela havia me magoado muito. Era domingo a noite eu tava me preparando pra tomar banho e ir dormir, pois na segunda tinha aula cedo. Quando eu estava me deitando na cama meu celular toca;
- Alo, Pedro sou eu Fernanda.
- Oi amor o que aconteceu para me ligar essa hora?
- Eu tenho uma notícia péssima pra te dar.
- O que foi agora?
Fernanda estava aflita no telefone, ligou pra me dizer que a tia de Júlia havia morrido e que Júlia estava super mal e precisava de mim, ela não teve coragem de me ligar por que eu estava bravo com ela e então pediu pra Fernanda me ligar e me falar isso. Logo em seguida, ainda bravo com Júlia liguei no celular dela pra saber o que havia acontecido. Júlia atendeu o celular chorando e disse:
- Que bom que você me ligou.
- O que aconteceu Júlia?
Respondi grossamente.
- Minha tia morreu e eu preciso de alguém aqui agora comigo pra me abraçar e não parei de pensar em você aqui agora.
Respondeu Júlia chorando.
- Olha apesar de tudo o que você fez eu não te deixaria na mão numa hora dessas.
- Então vem Pê, por favor.
Disse à ela que não havia jeito de eu ir ao encontro dela agora, eu tava prestes a dormir era tarde da noite, meu pai ia me chamar de louco e também tinha a vó Hilda. Não haveria nenhum jeito de nos vermos aquele dia, àquela hora. Acalmei Júlia e disse a ela pra nos encontrarmos segunda à tarde no parque da cidade. Ela concordou e então combinamos um horário qualquer que desse pros dois ir. Fui dormir pensando em como ela estava, se tava bem. Aquilo me maltratava, resolvi mandar um sms pra ela perguntando como é que ela tava. Logo em seguida ela respondeu, dizendo que ainda estava péssima mais que estava melhorando na medida do possível. Acabei dormindo e acordei às 5h30 da manhã, tomei um banho, tomei um copo de toddy e fui ligar o computador pra chegar meus recados, nem tinha nada peguei e saí e fui me arrumar para a escola. Meu pai me chamou e me levou à aula. Cheguei lá logo pensei em Marcela, tinha que contar o que tinha acontecido pra ver o que ela achava.
- Marcela – gritei – vem aqui agora, que eu quero falar contigo.
- Oi Pedro o que foi?
- Então Marcela, eu briguei com a Júlia e pá, descobri todas aquelas mentiras e ontem a Fernanda minha prima me ligou e disse que a tia que Júlia era mais ligada havia morrido. Expliquei tudo o que havia acontecido a Marcela e fomos pra sala, fiquei todas as aulas, no intervalo pensando em como iria ser. Fui embora da escola, e fui de pressa pra casa pra comer, e me arrumar.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Capítulo IX – Mentiras.

Então disse a Júlia que iria sair do MSN, pois estava muito chateado. Tava de cabeça cheia, nem queria saber de nada além de ir pro meu quarto deitar e dormir.

Passei a tarde inteira praticamente dormindo quando era 16 hrs meu celular tocou, eu acordei assustado e vi na telinha frontal que era o número da casa da Júlia. Atendi e disse:
- Alô.
- Pedro, quero conversar com você ao quero que acabe assim.
- Ah Júlia na boa, não tem o que conversar, não agora. Eu to de cabeça quente e você também vamos brigar feio se começarmos agora.
Eu disse que eu precisava pensar, e desliguei o celular na cara dela, dormi de novo e acordei quando minha mãe me chamou.
- Pedro, levanta que tem gente querendo falar contigo no telefone.
- Ta bom, já to indo.
Levantei, fui até o banheiro lavei meu rosto, fui pra cozinha bebi um cole d’agua e fui atender aquele telefonema. Era a Fernanda e dizia:
- Pedro, você não sabe o que aconteceu
Disse ela com uma voz meio assustada.
- O que amor, me conta.
Fernanda me disse que Júlia havia ido pro México atrás daquela cantora mexicana que ela tanto gostava. Na hora eu fiquei furioso, pois eu estava namorando com Júlia, não custava ela chegar em mim e dizer que ia pro México e não ia dar pra me responder sei lá. Na hora peguei meu celular e não hesitei em ligar para Júlia.
- Alô, Júlia?
- Não é a prima dela, vou chamá-la.
Respondeu a menina educadamente.
Fiquei esperando Júlia atender o celular, quando percebi vi que no fundo tinha uma voz dizendo diz que eu não to, diz que eu não to. Quando a prima de Júlia pegou o celular e disse, que ela não estava eu logo falei, manda ela atender essa merda de celular agora, que eu escutei ela falando. Júlia atendeu o celular sem graça e disse:
- Oi Pedro, desculpa.
- Desculpa nada, nem vou discutir o que você fez hoje. Fiquei sabendo que você foi ao México atrás daquela cantora. Isso é verdade?
Ela ficou meia sem graça, ficou um tempo calada e do nada desligou o celular. Aquela atitude dela já me dizia tudo, pois Júlia não estava nem aí pra mim, aquilo me machucava muito, me deixa triste pelos cantos, já não agüentava mais. Pensava que eu seria feliz ao lado dela. Decidi que iria viver minha vida. Depois daquele telefonema, fiquei algum tempo no meu quarto e quando vi era 20 hrs, levantei e fui tomar meu banho. Depois fui para a cozinha pra jantar e logo viria pro computador. Quando eu entrei no meu orkut, logo vi que tinha um depoimento enorme que Júlia havia me deixado, não hesitei e apaguei aquele depoimento sem ao menos ler. Já estava cansado de tantas mentiras, de tantas ilusões. Entrei no MSN e chamei Marcela.
Pedro diz: Descobri o que tanto a Júlia mentia pra mim.
Marcela diz: O que ela fez enquanto tava sumida?
Pedro diz: Simplesmente ela foi pro México atrás de uma cantora que ela tanto ama, e não achou necessidade em me avisar.
Marcela, ficou muito brava, começou a xingar Júlia de mil nomes, ela me disse que não queria me ver mais daquele jeito que ela me via enquanto Júlia tava sumida, pois se me visse de novo ia lá falar algumas verdades a ela. Decidi seguir minha vida, e curtir mais meus amigos, sair sem ao menos ter alguém que me controlasse.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Capítulo VIII – Colégio.

Acordei no dia seguinte às 5h30 fui tomar um banho, me arrumei e fui para a cozinha comer alguma coisa antes de ir pra escola. Era 6h30 quando eu acabei de fazer tinha que eu tinha que fazer, e eu entrava às 8 hrs na escola, então resolvi ligar o computador um pouco pra checar meus recados no orkut, depoimentos e tudo mais. Ali fiquei até dar o horário de ir para a escola. Meu pai acordou, e me levou a aula, cheguei à escola logo fui atrás de Marcela e disse:
- Oi Marcela. Tudo bem?
- Oi Pedro. Tudo sim e aí?

Respondeu sorrindo.

- Tudo também.
Ficamos ali conversando até o sinal bater e entramos pra sala. Era dia que só tinha aula chata, professores chatos. O pior dia da semana em minha opinião. Nesse dia resolvi sentar perto de Marcela para podermos conversar mais pra eu me distrair, fiquei o tempo inteiro conversando com ela, no intervalo ate irmos embora. Cheguei em casa um pouco mais alegre, minha mãe tava me esperando no portão, sempre que eu chego em casa depois da aula chego morrendo de fome, e as vezes minhas mãe ainda nem começou a fazer o almoço, mais naquele dia tava tudo pronto, minha mãe tinha feito lasanha, eu toquei de roupa e fui logo devorar aquela comida deliciosa. Escovei meus dentes vi se tinha algum trabalho pra entregar no dia seguinte na escola e fui logo pro computador. Entrei no orkut e vi que tinha um recado de Júlia.
- Oi Pedro, desculpa eu ter sumido assim, desculpa mesmo, aconteceram algumas coisas aqui em casa, que me fizeram ficar sem ter o que fazer tava doente e tudo mais.

Na hora meu coração palpitou, acreditei que ela não tinha esquecido de mim. Mandei recado pra ela e disse que estaria esperando ela entrar no MSN para conversarmos, pois estava com muitas saudades. Entrei no MSN e fiquei como ocupado esperando ela me chamar. Quando vi, tava lá a janelinha de Júlia piscando.
Júlia diz: Oi Pedro, desculpa por tudo.
Pedro diz: Oi Júlia, não tem que pedir desculpas amor. O que aconteceu.
Conversamos bastante e ela me contou o que havia acontecido. Era alguma coisa de grave com o vô dela, nem quis saber detalhes, pois era uma questão família. Falei pra ela da minha angústia todos esses dias, e perguntei por que ela não tava me respondendo os torpedos.
Júlia diz: Ah amor, desculpa eu não respondi os torpedos por que eu tava sem crédito.

Achei aquela desculpa muito esfarrapada, e então resolvi pegar meu celular e ligar à cobrar no celular dela para saber se realmente ela tava sem crédito, e pra minha surpresa ela tinha crédito pois chamou. Naquele momento eu só queria saber por ela tinha mentido pra mim. Liguei pra Fernanda no mesmo momento deixei Júlia falando sozinha no MSN e fui à rua.
- Fernanda, a Júlia pensa que eu sou idiota, só pode.
- Por que Pedro?
Respondeu educadamente.
- Por que ela disse que não respondeu os torpedos que eu mandei por que tava sem crédito, e eu liguei a cobrar no celular dela e chamou, isso é um sinal que ela tinha crédito sim.
Fiquei ali reclamando da Júlia pra Fernanda, acho que ela já estava de saco cheio de mim, meu celular tava acabanado a bateria, desliguei e fui pro MSN novamente falar com Júlia. Perguntei à ela por que tava mentindo pra mim e ela inventou um historinha sem pé nem cabeça que não me convenceu então eu disse à ela.
Pedro diz: Júlia, acho que você não sabe o é um relacionamento de ver, aceitou meu pedido de namoro mais nem ao menos sabe ser sincera. Foi precipitado demais pra você, não ta acostumada com uma coisa dessas.
Júlia diz: Claro que não Pedro, para de ser assim poxa.
Pedro diz: Não dá mais Júlia por mais que eu ame você demais, por mais que eu não viva bem sem você. Acho que por enquanto temos que ficar separados, é o melhor a fazer.
Júlia tentou me fazer desistir daquela idéia mais ninguém ia conseguir, pois eu já estava seguro do que eu estava fazendo.


domingo, 11 de julho de 2010

Capítulo VII – Almoço.

Fiquei ali brincando com o bob até o pai de Fernanda chegar pra nos buscar e levar para o almoço. Ele chegou sai abraçadinho com Fernanda e fomos de carro para o almoço. Chegamos lá tava todo mundo animado pra caramba, tocando um sertanejo, todo mundo tava dançando, comendo e bebendo. Já cheguei naquele lugar rindo demais, pois a família do meu tio era muita comédia bebiam demais e ficavam muito loucos. Aproveitei bastante aquele momento com Fernanda, rimos bastante e a mãe dela não parava de me encher o saco por que eu tava namorando. Nada aquilo tava me abalando, tinha esquecido tudo o que tava acontecendo e aproveitei o que eu tinha de bom, para não deixar de viver minha vida por hipótese alguma.

Cheguei em casa renovado, mais feliz comunicativo, meus pais até me acharam estranho, expliquei pra eles que eu tinha conversado muito com Fernanda, que tinha me distraído muito e que eu achei melhor esquecer esse sumisso de Júlia e esperar que quando ela aparecer ela vai me dar uma explicação descente. Acreditei nisso e fui seguindo minha vida. Estava em casa, curtindo mó musicão mó feliz e quando vejo meu celular toca. Pra variar numero restrito, atendi e disse:
- Alô, quem é?
- Oi Pedro, tudo bem? Sou eu a Marcela seu bobo.
Respondeu educadamente. Sorrindo.
- Tudo sim. E aí? Ah sim, amor. Vi aqui número restrito e já pensei que era a Júlia. -sorrindo-
- Tudo também. Eu não acredito que essa menina não apareceu ainda... To revoltada meu, ela ta louca em deixar você assim, esperando esse tempo todo.
Marcela ficou muito puta com Júlia, começou a me falar horrores por alguns momentos achei que era ciúmes dela mais depois vi que tudo o que ela tava me dizendo tinha um fundo de verdade. Eu tava ficando de saco cheio de Júlia, pois parecia que ela não me dava bola alguma. Liguei pra Fernanda e disse:
- Fernanda, eu tive uma conversa agora com minha melhor amiga e ela me disse umas coisas que no fundo no fundo, são verdade. Eu acho que tenho que conversar sério com a Júlia assim que ela aparecer. Preciso esclarecer o que está havendo pois acho que ela ainda não caiu na real e não ta se ligando que aqui tem uma pessoa que a ama e tem sentimentos.
- Ok Pedro, fale coma ela, eu vou te falar a verdade a Júlia sempre foi assim desse jeito. Mais eu pensei que com você fosse ser diferente, achei que ela fosse cair na real e perceber que um amor por um cantor que nem do nosso país é não leva a nada.
Tive uma conversa muito séria com Fernanda dessa vez e decidi que iria terminar com Júlia até pelo menos ela saber realmente o que ela queria. Pois ao meu entender Júlia não tinha entendi ainda o que era “namorar”. Eu tinha jurado pra mim mesmo que não ia mais sofrer por causa disso, mais era inevitável eu fiquei meio triste com tudo aquilo, pois Júlia tinha me dito com toda certeza que queria ficar ao meu lado. Mais não era isso que eu vinha descobrindo. Meus pais perceberam que eu me enfiei no quarto de novo e lá fiquei algumas horas ouvindo música e foram atrás de mim, me pai chegou lá bateu na porta e entrou:
- Filho, o que está acontecendo agora?
- Ah pai, conversei com a Fernanda agora e ela me disse umas coisas que mexeram comigo, depois conversei com a Marcela também e as duas disseram as mesmas coisa praticamente, ambas acham que Júlia não tem maturidade, e não sabe o que quer.
Meu pai sentou na cama do meu irmão e me deu alguns conselhos:
- Olha filho, você tem que dar tempo ao tempo. Você não poderia ter se precipitado do jeito que se precipitou, mais agora já foi. Você tem que dar um tempo pra vocês dois, pensarem no que vocês realmente querem.
Ali fiquei conversando com meu pai, ouvindo tudo o que ele tava dizendo, acabei chorando conversando com ele. Quando dei por mim tava abraçado com meu pai e ele dizendo:
- Nada nessa vida é fácil meu filho, você ainda tem muito que aprender, vai se acostumando por que daqui pra frente às coisas tendem a ficarem mais difíceis ainda.
Já não tinha palavras pra agradecer o meu pai, pois ele era o meu herói, tava me ajudando muito, sempre que eu precisava ele tava ali me aconselhando me deixando bem ou pelo menos tentando me deixar bem. Meu pai saiu do meu quarto e por ali fiquei até dormir.

Capítulo VI – Angústia.

E se passaram mais dois dias sem falar com Júlia, eu acordava ligava o computador, e nada dela. Ia pra escola e lá tornava a pensar nela, nada me fazia esquecer, tudo aquilo que estava acontecendo. A saudade a cada momento que passava apertava mais, a preocupação aumentava já não agüentava mais. Decidi que quando chegasse em casa não iria exitar em ligar pra ela pra saber o que realmente tava acontecendo, já era demais pra mim já tava ficando louco. Cheguei em meus pais, e conversei contei o que tava acontecendo pois eles estavam preocupados comigo, eu tava todo triste não falava com ninguém só queria saber de computador e escola não tava me comunicando, eles estavam me achando estranho por que eu sempre falei mais que a boca. Contei tudo a eles, contei que Júlia tinha sumido e eu tava preocupado pois nem a Fernanda tinha conseguido falar com ela. Eles me aconselharam esperar mais um pouco e depois tentar ligar pra saber o que realmente tinha acontecido. Resolvi ligar pra Fernanda para tentar me distrair um pouco.

- Oi Fernanda, preciso conversar com alguém.
- Oi Pedro, o que acontece?

Respondeu educadamente.
- Ah, eu não consigo falar com a Júlia, ela só pode ta me evitando ter se arrependido de algo porque não há meio de ela me responder, de me mandar pelo menos um sms dizendo por que não ta entrando porque sumiu. To ficando triste demais cara, isso ta me machucando eu amo demais ela não queria ficar assim já no começo.
Fernanda me deu uns conselhos que me fizeram chorar, sai do computador e fui pro meu quarto. Peguei uma folha de caderno tava um pouco riscadinha e resolvi escrever algo pra expressar o que eu tava sentindo e todo meu sentimento por Júlia.
“(...) Era tudo tão distante, minha Júlia tava desaparecida não ta nem ao menos me mandando sms. A saudade a cada dia apertava mais e mais, já e tão difícil me controlar esse amor me consome. É puro, verdadeiro. Eu preciso dela pra viver, preciso dela pra continuar minha vida. Essa angústia cada vez mais aperta meu coração, o “não saber” o que está acontecendo acaba comigo, destrói tudo, faz-me pensar coisas que não deveria. As vezes sinto que fui rápido demais em pedi-la em namoro, mais eu não podia esperar mais, tinha que pedir pois não podia perder aquela chance. (...) Já sinto um vazio em mim, que só será preenchido quando ela aparecer.”
Já não tava agüentando mais, comecei a ouvir música no meu quarto, me deitei debaixo de uma coberta e fui logo chorar, pensar e pensar novamente. A minha vontade de ir ao quarto da minha mãe e pegar aquele telefone e ligar lá na casa dela era tanta... Mais eu não podia fazer isso, tinha prometido pra ela que não ligaria para evitar confusões com os familiares dela. Ao longo desse tempo que Júlia ficou desaparecida eu decidi que iria passar uns dias na casa de Fernanda, pra esfriar minha cabeça. Era feriado e o colégio emendou fiquei quinta, sexta, sábado e domingo na casa de Fernanda, e nada de Júlia me ligar, mandar torpedo. Conversamos muito durante todos esses dias, Fernanda me contou que Júlia era louca por uma cantora mexicana que fazia de tudo para um dia vê ela. Fique espantado, pois Júlia tinha falado obre tudo comigo, menos disso. Achei que ela estava escondendo algo de mim, já fiquei daquele jeito. Meu pai me ligou e disse que iria me buscar no domingo a noite, depois que voltasse da minha. Então disse a ele que eu iria sair com Fernanda no domingo de manhã e depois a noite estaria lá para ir pra casa.
É domingo, o dia está lindo o sol azul, acordei 8 hrs da manhã com o cachorrinho da vaca da Fernanda lambendo todo meu rosto, acordei rindo e fui logo pro banho, quando sai vi Fernanda sentada na mesa com a mãe dela rindo de mim. Fiquei sem entender o que estava havendo. Cheguei ao quarto de Fernanda pra pegar minha bolsa e trocar de roupa e adivinha o que eu vi aquele cachorrinho que me acordou lambendo dentro da minha bolsa, com a cabeçinha pra fora. Fui à cozinha e disse:
- Fernanda e Selma o que vocês fizeram, olha isso o que esse cachorro ta fazendo na minha bolsa.
Fernanda tava rindo muito e disse:
- Ele entrou aí, daí eu e minha mãe o fechamos e deixamos.
As duas ficaram rindo um tempão. Eu fui tirei aquele pestinha da bolsa e coloquei ele no chão e fechei ele pra fora do quarto. Eu ia pra casa da Vó da Fernanda almoçar, lá ia estar à família dela inteira reunida. Fui pra cozinha e tomei um copo de toddy e fui para a sala deitar no colchão de novo, chamei o bob -cachorro de Fernanda- e ele veio correndo. Ele era um Cocker e era bagunceiro pra caramba ali fique brincando com ele e Fernanda ficava me olhando toda hora. Por aqueles momentos eu nem pensava mais naquela angustia toda que eu sentia da falta de Júlia. Aqueles momentos me faziam bem, me faziam esquecer tudo o que tava acontecendo comigo.

Capítulo V – Os dias se passam.

Tive que sair da internet, pois já tinha anoitecido e tava tarde demais, tinha aula no dia seguinte. Fiquei com uma angustia enorme, mandei outro torpedo pra Júlia e perguntei se alguma coisa tinha acontecido e nada dela responder. Fui deitar na minha cama e ouvir música no meu celular, até que Fernanda me liga.
- Pedro conseguiu falar com a Júlia?
- Não consegui Fernanda, to muito preocupado ela não responde torpedo não entra na internet. Agora ta tarde eu tive que sair pra dormir.
- Aff, Pê. Ela é assim mesmo nem liga. Ela some as vezes.
Fiquei ali pensando no que Fernanda tinha me dito “Ela some as vezes”, não queria acreditar que fosse verdade, pois queria Júlia ali agora queria conversar com ela e saber o que estava acontecendo. Acabei dormindo escutando música acordei no outro dia com o fone do meu celular todo enrolado em mim, levei um susto. Logo abri o flip do meu celular e tinha chamada perdida, mais só que o número era restrito não conseguia saber quem era que tinha me ligado. Tinha esperanças que tivesse sido a Júlia! Eram 6 hrs eu tinha que correr tomar banho e tomar meu copo de toddy pra ir pra escola tinha que me arrumar, e arrumar o material também. Mais não agüentei, liguei o computador entrei no Orkut pra ver se tinha um recado da Júlia, mais não, quem tinha me ligado era a Marcela que estuda comigo. Ela me disse que tava tentando me ligar pra eu não esquecer de levar o cd com as músicas da nossa quadrilha mais eu não atendia. Então respondi a Marcela que levaria o cd, ele já se encontrava na minha mochila. Saí da internet, desliguei o computador e fui terminar de me arrumar, pois já era 6h40 e eu entrava às 7 hrs no colégio. Meu pai veio até mim e disse:
- Filho podemos ir?
- Vai tirando o carro da garagem pai, eu me atrasei to acabando de arrumar minhas coisas na mochila.
Respondi sério.
Então meu pai, saiu e foi tirar o carro da garagem. Eu estava arrumando minhas coisas na bolsa e de repente me veio Júlia na cabeça de novo, sentei na cama e ali fiquei por uns 2 minutos paralisado, só pensando nela. Ela tinha mexido comigo e tava desaparecida não sabia o que fazer. Quando percebi meu pai tava gritando na porta, dizendo que tava perdendo o horário já. Fui correndo pro carro, saímos fui a colégio. Cheguei lá cumprimentei alguns amigos e logo fui pra sala, arrumar minhas coisas fui buscar meus livros no meu armário e quando dei por mim vi que tinha esquecido minhas chaves e não tinha como abrir o armário. Naquele bendito armário tinha o livro que eu tinha que usar, iria ter prova dele. Então resolvi ligar pro meu pai.
- Pai, preciso de um favor seu. Hoje eu tenho prova e meu livro ta aqui no meu armário da escola eu deixei aqui, preciso que o senhor passe em casa e pegue a minha chave que ficou em cima da mesa do computador e me traga rápido, por favor.
- Caramba Pedro, que saco também que arrumar as coisas tudo antes deixar tudo pronto.
Responder bravo.
- Poxa pai, eu to com a cabeça em outras coisas. Acabei esquecendo.
Meu pai ficou muito bravo mais disse que já passava lá no colégio pra me entregar as chaves. Desci lá na secretaria do colégio para pegar minhas chaves, logo passei no meu armário peguei o bendito livro e fui pra sala de aula. O professor de Química aplicou a prova, eu tava tão nervoso com tudo que tava acontecendo que não tava conseguindo me concentrar na prova. Peguei meu celular e mandei um sms para Fernanda, tava precisando falar com alguém.
- Oi Fernanda, preciso conversar. To no meio de uma prova aqui mais não to conseguindo fazer, to muito preocupado com a Jú. Eu ainda não consegui falar com ela. ):
Por azar do destino Fernanda não me respondeu, ficar angustiado mais ainda, pois não podia conversar com meus amigos da sala porque tava todo mundo concentrado na prova. Faltando 5 minutos pra acabar a aula, a professora recolheu a prova, e eu entreguei em branco. Fechei meu livro e abaixei na minha cabeça na carteira e por ali fiquei, não sei o que me deu naquela hora mais comecei a chorar, não consegui aquilo parecia uma atitude idiota mais quando eu vi tava chorando já. Depois de alguns minutos percebi que Marcela estava do meu lado sentada me olhando. Perguntei a ela:
- Mah, o que você ta fazendo aqui?
- Estou querendo saber por que você está chorando.
Respondeu séria.

- Ah, aconteceram algumas coisas esses últimos dias que eu não te contei ainda.
- Me conte.
- Então eu conheci uma amiga da minha prima a uns três dias atrás, nós ficamos, saímos antes de ontem e eu pedi ela em namoro.
- Ah é? E ela aceitou?
- Aceitou sim. -sorrindo- Mais desde ontem eu não falo com ela, ela sumiu, mandei alguns torpedos deixei recados no Orkut mais nada dela.
Contei toda a história pra Marcela e ela ficou surpresa com tudo o que havia acontecido em tão poucos dias. Passei as aulas inteiras pensando em Júlia, meu rendimento escolar já não era dos bons, depois com tudo isso acontecendo ainda ficou pior ainda. Fui embora para casa, chegando lá liguei o computador e deixei o MSN conectando e fui me trocar e almoçar, tava morto de fome. Terminei meu almoço, fui escovar meus dentes e vim pro computador, sentei coloquei música e abri o MSN pra ver quem estava online, tava com a esperança de encontrar Júlia, mais nada ela não estava de novo. Entrei no Orkut e nada dela também, aquela angustia era cada vez maior tava ficando difícil de não ligar pra ela.